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Engajamento do paciente na gestão de sua saúde em tempos de pandemia

Article-Engajamento do paciente na gestão de sua saúde em tempos de pandemia

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Organizações de saúde de todo o mundo têm investido muitos recursos ao longo dos últimos anos, a fim de potencializar o engajamento dos pacientes na manutenção dos cuidados de sua saúde. Estudos indicam que a condição de saúde de um indivíduo pode ser determinada nas seguintes proporções: o estilo de vida corresponde a 50% dos determinantes de saúde, 20% fatores genéticos, 20% exposição ao ambiente e somente 10% cuidado e acesso à saúde.

Situações como a de pandemia que estamos vivendo atualmente reforçam a necessidade de engajamento do paciente em seus cuidados. Essa necessidade aumenta em pacientes crônicos, que precisam de automonitoramento de suas condições de saúde como, por exemplo, diabéticos e hipertensos. Eles devem ter como prioridade a mudança de hábitos em observação às novas regras sanitárias para evitar exposição e contágio durante esta pandemia. Neste cenário a participação dos pacientes, e porque não dizer cidadãos em geral, já não é algo acessório senão essencial.

A tecnologia é um fator crucial para potencializar o engajamento dos pacientes na manutenção de seu estado de saúde e tem sido um elemento estratégico na condução de políticas de combate à pandemia que enfrentamos. Atualmente elementos tecnológicos disponíveis para grande parte da população permitem aos pacientes compartilhar seu estado de saúde de forma constante com a sua rede de cuidados, permitindo em muitos casos identificar de forma antecipada condições que requerem uma ação preventiva, o que evita quadros de maior gravidade.

Os dados dos pacientes são o princípio para que a tecnologia se torne uma ferramenta eficiente no compartilhamento. A transformação digital em curso tem um impacto geral na gestão das instituições de saúde, nos serviços ao paciente e na rotina de todos os profissionais envolvidos. Na era do data analytics, mais do que nunca a informação assume um papel vital. Por exemplo, o Ministério da Saúde criou recentemente a Rede Nacional de Dados da Saúde, que tem a DataSUS como plataforma de transmissão e integração de dados. Essa rede tem como objetivo a informação em tempo real de solicitações, casos suspeitos e confirmações dos positivos da Covid-19, com capacidade de alimentar em tempo real dashboards do cenário nacional, além de permitir projeções mais legítimas do cenário futuro.

Dados disponíveis, integrados e de qualidade são o caminho para se desenvolver as melhores estratégias de prevenção, principalmente nos momentos de crises de grandes proporções. Portanto, é necessário esforço para coletar, padronizar e analisar dados nos sistemas de Saúde. Se a informação salva vidas, não deve haver barreiras para que seja tratada e compartilhada com eficiência. A partir daí, o uso de recursos como telemedicina ou aplicativos móveis para monitorar os pacientes e os seus cuidados com a saúde tornam-se mais proveitosos. O engajamento do paciente, ao perceber os benefícios, é uma consequência produtiva.

Para que todos os sistemas de saúde recebam o impacto positivo dos dados precisos é necessária a adoção de uma plataforma de dados desenvolvida especificamente para quem precisa de autonomia para rápido desenvolvimento e escalonamento de aplicações inovadoras, principalmente as de missão crítica. Só assim as organizações resolverão seus problemas mais críticos de interoperabilidade, escalabilidade e velocidade causados pelo grande volume de dados gerados diariamente.

A pandemia fez com que a resistência natural que existia em relação à adoção de tecnologias para o engajamento do paciente fosse rompida. Isso acelerou de forma exponencial o desenvolvimento de aplicações e dispositivos para atender uma nova onda de necessidades e, certamente, será mais que uma demanda temporária. A adoção de diferentes padrões de tecnologias será incorporada aos hábitos e estilo de vida das pessoas, tornando-se cada vez mais necessária.

Alfredo Alberto, Diretor de Serviços Profissionais da InterSystems na América Latina