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Marcos de marca: 5 dicas de produção de conteúdo que realmente importa

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Marcos de marca: 5 dicas de produção de conteúdo que realmente importa
Aniversários de empresa são geralmente momentos que merecem ser registrados. Mas como fazer isso é a grande questão

Venha comigo fazer um exercício de sinceridade.

Suponhamos que você acabe de receber, em mãos, um livro comemorativo de aniversário de tantos anos da empresa tal.

A obra traz a trajetória da companhia, dando bastante ênfase às realizações e, ora, ora, traz até uma linha do tempo com a jornada de sucesso! A capa é dura. A lombada, quadrada. Ao meio, você encontra aquele caderno especial, com papel couchê mais grosso e laminado, que traz fotos de executivos, executivas, colaboradores em geral em situações tipicamente corporativas: uma fila de cinco pessoas, lado a lado, olhando para frente, vestindo terno, sem saber se sorriem ou fazem cara séria; ao lado delas, alguma alegoria que é importante somente àquele ecossistema - um troféu reconhecendo algum feito, talvez.

Pela qualidade do material, sabemos que não foi uma iniciativa barata.

O que você faz com esse livro? Leva-o correndo para casa e coloca na mesa de cabeceira, bem ao ladinho da cama, na ânsia de chegar o momento em que você vai lê-lo?

Ou você sorri aquele sorriso educado, carrega o peso até o escritório e o armazena em uma prateleira - a partir de então, sua eterna morada, na qual o irrefreável destino será acumular uma quantidade de pó que será retirada somente na próxima faxina? Se a capa estiver bonitinha, se a empresa for um cliente importante, talvez o livro seja promovido à mesa de centro da recepção. Talvez.

Tem saída

Mas também deixar marcos de marca tão relevantes passarem em branco não dá. Quem não aparece é naturalmente esquecido; quem não investe em celebrar seus feitos pode passar a impressão de que as coisas não estão tão bem assim, afinal, nenhuma empresa saudável corta esse tipo de investimento em branding.

Eis a encruzilhada do marketing: não fazer nada é mal visto; fazer o convencional, se não chega ao ponto de não importar a ninguém,  importa muito pouco.

Você já sabe que tem saída - o resumo dela foi apresentado no título deste texto. Então vamos ao que interessa.

Sugestões que não fazem mal a ninguém

Aqui vão alguns aprendizados que nós, da agência essense, acumulamos a partir de experiência de dez anos trabalhando com produção de conteúdo original e multiplataforma para o mercado B2B (com bastante ênfase em Saúde, diga-se de passagem):

  • Troque "minha história" por "nossa história": uma empresa, uma associação ou qualquer entidade faz parte de um ecossistema, que é muito maior do que ela sozinha. E se em vez de contar a trajetória da sua corporação, você ampliar o raio da sua narrativa? Olhando a empresa como um elemento do contexto, é possível captar ganchos que fazem sentido para mais pessoas.
     
  • Ajuste o foco: quem você deseja impactar com a obra? Eu sei, em primeiro lugar tem que agradar a diretoria, o conselho. Mas tenho certeza que, explicando direitinho, esses agentes vão entender que deixar um legado ao segmento traz, inclusive, mais força para a marca e mais perenidade para o rico dinheirinho investido na ação. Mapear a audiência para além do universo da empresa é imprescindível.
     
  • Para quê: o material será produzido somente para cumprir uma burocracia? Conteúdos burocráticos, por mais bem-feitos que sejam, não tocam; sequer fazem cócegas para uma percepção positiva da marca - e não importa quanto dinheiro tenha sido alocado. Eu sei disso, você sabe disso. Qualquer conteúdo, para ser significativo, precisa preencher algum vazio. Qual o vazio, então, que você planeja preencher?
     
  • O "como" importa, sim: estou usando aqui o exemplo de livro, mas ele não é o único meio pelo qual se pode produzir um material relevante. A definição de formato pode e deve ser repensada, considerando o perfil de público que você deseja atingir, o custo e o alcance que o conteúdo terá.
     
  • Recheie o "o quê" com "quem": a escritora Joan Didion tem uma linda frase: "We tell ourselves stories in order to live".  Gente gosta de conhecer histórias de gente. Os marcos históricos são, sim, relevantes. Mas e as pessoas que estavam por trás,  testemunharam ou foram impactadas no presente por esses acontecimentos?  A experiência humana dá significado aos fatos. E narrativas bem feitas… bem, elas são uma delícia de consumir, seja em qual formato for.

Aqui neste material "Da prateleira para a mesa de cabeceira: marcos de marca que importam", trazemos exemplos práticos para te inspirar. 

A grande maioria do conteúdo de marca produzido para o B2B é chata. Mas não precisa ser.

 

adriele1.jpg*Adriele Marchesini  é jornalista especializada em TI, negócios e Saúde com quase 20 anos de experiência. Depois de passar por redações de veículos como Estadão, Infomoney, ITWeb e CRN Brasil, cofundou junto de Silvia Noara Paladino a agência essense, que já ajudou mais de 80 empresas na construção de conteúdo narrativo multiplataforma para negócios. É coâncora do podcast Vale do Suplício.