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Descarte inadequado do lixo hospitalar causa contaminações e danos ao meio ambiente

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Usina portátil se apresenta como a melhor solução de tratamento do lixo contaminante.

Um assunto pouco discutido, o tratamento do lixo hospitalar é um fator preocupante na saúde pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o lixo hospitalar não tratado corretamente é responsável por 116 milhões dos casos de hepatite e 900 mil dos casos de HIV em todo o mundo por ano. Os resíduos hospitalares infectantes como seringas com sangue, gases, agulhas e descartáveis são mandados diariamente para aterros sanitários (onde ficam expostos) contaminando trabalhadores, animais, condomínios, comunidades ao redor e o meio ambiente como um todo.

Apesar de não ser um assunto muito abordado, o lixo infectante hospitalar possui um alto risco de contaminação pós-paciente. Como a maioria dos hospitais não possui um local adequado para tratar o lixo produzido, ele é armazenado em salas reservadas, onde algumas vezes ao dia é coletado por um caminhão e transportado para um aterro sanitário que, na maioria das vezes, fica em outro município. O andamento de todo esse processo resulta, em alguns casos, em acidentes e na perca desse lixo durante o trajeto.

Atualmente, outro destino do lixo contaminante é a incineração. No entanto, esse procedimento abre outra discussão sobre esse método de descarte, no qual agulhas com sangue, descartáveis e instrumentos de cirurgia são queimados, liberando poluição e gases na atmosfera. Além gerar uma poluição ao meio ambiente muitas vezes no ano, os trabalhadores e envolvidos tendem a possuir os mesmos riscos com a alta contaminação. Ainda, os caminhões precisam transportar o lixo, onde nada é descontaminado e seguro.

 Segundo noticiou o Jornal da Globo, com o aumento de casos da Covid-19, um hospital de Brasilândia produz cerca de 64 toneladas de lixo hospitalar por mês. Como todo hospital, cada tipo de lixo é destinado a uma sala e, dentre elas, a mais lotada é a de lixo contaminante. O engenheiro de segurança do hospital afirmou que os equipamentos de proteção como aventais e máscaras são a maior pare do lixo, ao falar que “a troca é diária, então conforme a demanda do colaborador tendo contato com o paciente, mais resíduos são gerados”.

O jornal da CNN dos Estados Unidos também mostrou que a pandemia gerou um grande aumento no que se refere ao lixo contaminante, tendo grande parte desse lixo sendo descartado de maneira incorreta no oceano, poluindo as praias e animais marinhos. O Coordenador do Oceans Asia, Gary Stokes relatou vários casos de materiais contaminantes que apareceram nas praias.

“Aconteceu em fevereiro e foi em uma praia longínqua, encontramos várias máscaras de rosto [...] A poluição nos oceanos e na vida marinha cresceu muito com o aumento do Covid-19, estamos descartando cerca de 129 bilhões de mascaras por mês”, explicou Gary.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que o destino correto e mais adequado para o lixo contaminante está no tratamento no local do hospital ou clínica. Segundo a organização, o lixo tratado desta forma acabaria com qualquer risco de contaminação por parte de pessoas e animais, ao meio ambiente e ao solo, evitando que caminhões precisem transportar o lixo para outros municípios, reduzindo os riscos de doenças.

É necessário entender que mesmo lidando com as muitas dificuldades trazidas com o advento da pandemia causada pelo coronavírus, a produção de lixo contaminante continuará por todos os dias. Assim, é importante enxergar quais mudanças podem ser tomadas e, dessa forma, gradativamente, contribuir para que o meio ambiente e a saúde coletiva sejam menos atingidas. Hoje, o tratamento do lixo contaminante em uma usina portátil se apresenta como a melhor solução, podendo garantir uma luta mais justa e um futuro mais saudável.