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Trabalhar Saúde Populacional é estratégico

Article-Trabalhar Saúde Populacional é estratégico

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Participante do Healthcare Innovation Show, que acontecerá em 18 e 19 de setembro, Jeisianne Ramanzini, Gerente Médica do Banco Santander, comentou sobre o tema que explorará no evento: O impacto da Tecnologia na Saúde Populacional.

Ela, que tem formação médica, e hoje atua na gestão da saúde dos funcionários do banco, avalia que o tema de saúde deveria ser tratado pelo viés da gestão do recurso humano, já que este é peça fundamental na produtividade de organizações de sucesso. Não importa muito se estamos tratando de uma instituição de saúde ou de qualquer outro segmento. Empregadores devem posicionar as suas empresas como fornecedoras de saúde, visto que, após a folha de pagamento é o segundo maior consumidor de recursos. A discussão de saúde populacional é estratégica, impacta no lucro e rendimento da empresa.

Em sua estratégia de gestão, os funcionários são mapeados de acordo com os seus riscos envolvendo doenças crônicas ou agudas, bem como o comportamento potencial para desenvolvimento de situações médicas. Como resultado, há o perfil epidemiológico da instituição. A tecnologia é então aplicada para segmentar a população, estimar seu impacto e promover maior objetividade na oferta de produtos e benefícios de saúde.

“Sem dúvida, o viés das ações sempre são o cuidado com o indivíduo. A tecnologia e gestão de dados, nos permite mais assertividade para que o cuidado tenha muito mais um aspecto estratégico que apenas de oferta assistencial.”, diz Jeisianne. Há também a implantação de um programa global de prevenção e promoção a saúde Be Healthy, após passar por uma adequação cultural. Segundo a gerente, a repaginação foi importante para que as ações propostas tivessem mais fit com o modo de trabalhar dos funcionários e aumentasse o seu engajamento. O programa é voltado para o estímulo de hábitos saudáveis e foca em quatro pilares: conhecimento sobre os seus índices de saúde, alimentação, exercício físico e equilíbrio mental.

“Temos trabalhado na construção de modelos que não se detenham apenas nas frequências de utilização, mas na eficácia do tratamento realizado. Acredito que cada vez mais as organizações terão maturidade para entender e questionar seus próprios dados de saúde populacional. Ao meu ver as organizações deveriam olhar a saúde corporativa muito mais como saúde pública, dentro de um ambiente privado e controlado logicamente, mas as ferramentas de gestão e inteligência deveriam ter a customização e direcionamento que só o perfil populacional interno e a própria realidade de gestão estratégica poderiam direcionar.”, explicou.

Para ela, o grande desafio no engajamento dos funcionários em programas corporativos é identificar o nível de disposição para a mudança. “Podemos fazer programas incríveis com o propósito mais nobre de cuidado, mas se o usuário não se identificar e se dispuser a mudança, vamos cair na armadilha do programa de saúde desconectado com as realidades e com resultados cheios de vieses.”, e continua, “o engajamento é um risco que deve ser mapeado, assim como o perfil populacional e os resultados factíveis em saúde. As vezes, nós médicos, temos a mania de montar programas que funcionaram nos papers publicados ou que estão na crista da onda das consultorias em saúde e não individualizamos a estratégia para o nosso paciente ou organização que trabalhamos.”