Um dos destaques do primeiro dia de HIS - Health Innovation Show foi a participação do líder do Digital Healthcare and Innovation, ex-Chief Medical Officer da Dell, Nick van Terheyden, que palestrou sobre o desafio de lidar com as distrações em tempos de tamanha oferta de informações. O evento segue até amanhã, 22, no São Paulo Expo, na capital paulista.
Médico e consultor em tecnologia aplicada à saúde, ele compartilhou alguns insights de como as ferramentas tecnológicas podem ajudar na dinâmica médica e como está desafiando profissionais do setor a entregar um serviço ao paciente customizado, com mais valor e com maior controle sobre os erros médicos.
“Atualmente, a dispersão é impressionante. Para se ter uma ideia: em um minuto temos 350 mil posts divulgados em todo o mundo no Instagram. Como não dispersar com tanta informação sendo disponibilizada constantemente?”, perguntou. Segundo ele, o setor da saúde é, depois da astrofísica, o segundo em capacidade de geração e coleta de dados. “Dar conta de tantos dados sem perder o foco é humanamente impossível. Os erros médicos acontecem a despeito dos milhares de protocolos de segurança existentes e são provocados, em grande parte, pela distração com os processos definidos. Experimentamos hoje uma sobrecarga de informações e uma lacuna importante na aplicação desses conhecimentos. Estamos rodeados por informações e estamos batalhando para não nos afogar neste mar de dados”, avaliou.
Tecnologia - ferramenta de organização
Na opinião de Terheyden, a única forma de organizar e processar todos os dados obtidos é recorrer à tecnologia e à sua escalabilidade. “A Inteligência Artificial (AI) tem o potencial de nos ajudar a organizar e hierarquizar todos esses dados, de forma a que seja possível criar históricos precisos, aprimorar a definição de procedimentos e linhas de tratamento e estratégias de conduta”, disse.
Na visão do palestrante, a IA viabiliza a percepção do paciente em um ciclo completo e em processos contínuos, que analisam seu comportamento e reações no pré-evento, no evento e no pós-evento, incluindo insights importantes para eventuais intervenções ou correções nas estratégias de tratamento. “Além disso, a IA permite análises que viabilizam generalizações a partir de comportamentos e de características comuns. Ou seja, essa tecnologia incentiva o processamento cognitivo dos dados. Imagine um hospital que possa aprender com as informações geradas pela Inteligência Artificial, e aplicar esse conhecimento no atendimento dos seus pacientes”, avaliou.
Outra vantagem identificada por Terheyden é que o tratamento analítico de dados permite customizar o atendimento do paciente e ter um engajamento mais efetivo deste individuo. “A saúde tem a ver com a humanidade, com a compaixão, independente da tecnologia que estamos usando. Queremos customizar as experiências. Sabemos que a tecnologia traz distrações, mas lembrem-se: o indivíduo deve ser o nosso foco e não a tecnologia”, disse.
Segundo dia - condições especiais
Em sua 8ª edição, o HIS apresentará mais de 50 horas de conteúdo sobre os mais variados aspectos da inovação, tecnologia, empreendedorismo, negócios e finanças aplicadas à saúde. Para debater esses assuntos, o HIS contará com a participação de 200 palestrantes do Brasil e do exterior, entre profissionais de saúde, gestores, executivos e acadêmicos.
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