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Tecnologia e IA marcam primeiro dia do Healthcare Innovation Show

HIS recebe mais de 3 mil profissionais interessados em inovações tecnológicas para o setor de saúde.png

O primeiro dia do evento, que ocorre 18 e 19 de setembro no São Paulo Expo, atraiu mais de 3 mil profissionais para discutir inovações tecnológicas no setor de saúde. Saiba mais sobre o HIS 2024!

O primeiro dia do Healthcare Innovation Show (HIS) superou as expectativas ao atrair mais de 3 mil profissionais interessados em inovações tecnológicas para o setor de saúde. O evento acontece no São Paulo Expo até amanhã, 19, e oferece uma programação intensa de conteúdo, networking e inovação.

Renata Pessoa, vice-presidente de Soluções & Consultoria de Vendas Latam da Oracle, Rodrigo Gosling, diretor sênior de Conhecimento de Aplicações Multi-Indústria para América Latina da Oracle, e Igohr Schultz, CDTO do Hospital Albert Einstein, discutiram em um painel único sobre como a IA pode modernizar os sistemas de saúde.

Além de figurar entre os 30 melhores hospitais do mundo, o Hospital Albert Einstein também se destaca por investir continuamente na digitalização de processos e no desenvolvimento de uma arquitetura de dados que garante assertividade, segurança e agilidade na jornada de cuidado do paciente e na tomada de decisões para aumentar a eficiência de processos operacionais e financeiros.

Renata destacou que 72% das organizações já adotaram IA generativa em pelo menos uma função dos negócios. “Essa realidade é a mesma para o setor da saúde. A demanda que recebemos é por modelos públicos seguros, com muita inteligência embarcada”, disse. Ela também mencionou novidades apresentadas no Oracle CloudWorld Vegas 2024, como o OCI Dedicated Region 25, o Zero Trust Packet Routing e parcerias Multi-cloud com Microsoft, Google e Amazon.

Rodrigo Gosling, que se declarou fã do HIS, mencionou que várias empresas estão apresentando inovações que integram sustentabilidade e tecnologia no setor de saúde. Como mediador do painel, ele questionou o Chief Digital Transformation Officer do Hospital Albert Einstein, Igohr Schultz, sobre como essa relação se materializa na instituição. “A sustentabilidade passa pela tecnologia. É ela que nos permite evoluir.

O hospital adotou a tecnologia como um de seus pilares, sendo um dos primeiros a implementar o prontuário eletrônico, por exemplo. Temos uma arquitetura de dados muito bem elaborada e de alta qualidade. Um fator crítico para a qualidade dessa arquitetura é a precisão dos dados, ou seja, a eficiência com que os dados são inseridos no sistema. No nosso sistema, o médico recebe, em poucos minutos, um sumário do histórico médico do paciente”, explicou.

Doenças crônicas

A crescente incidência de doenças crônicas tem pressionado as instituições de saúde a adotarem soluções tecnológicas para monitorar e prevenir complicações, além de promover melhor qualidade de vida aos pacientes. Porém, a captação e, principalmente, o engajamento dos pacientes são obstáculos. 

Daiane Dias, gerente sênior de Saúde Populacional do Hospital Sírio-Libanês, Francisco Souto, vice-presidente de Operações da Hapvida, Silvia Lagrotta, CEO da Serena e Presidente do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida, e Silvia Vilas Boas, head da Amparo Saúde, discutiram os desafios de captação e engajamento de pacientes. Souto destacou que o maior desafio é o engajamento, enquanto Silvia Vilas Boas mencionou a importância da Jornada de Ativação para a captação de pacientes.

Já para Silvia, da Amparo Saúde, uma das principais dificuldades é a captação de pacientes. "Na Amparo Saúde, contamos com uma equipe dedicada a essa tarefa, que realiza o primeiro contato por e-mail, whatsApp, telefone", explicou. Após essa etapa inicial, os pacientes são inseridos na chamada Jornada de Ativação, que inclui a avaliação do grau de risco e a elaboração de um plano de cuidados para os 365 dias do ano. "Temos um time de saúde que acompanha de perto todo esse processo, e 85% dos pacientes permanecem na linha de cuidado após a captação", destacou Silvia.

A CEO da Serena, pontua dois pontos cruciais para o engajamento dos pacientes. “O primeiro é a corresponsabilidade no tratamento, e o segundo é o letramento do paciente. Mais do que apenas falar sobre prevenção, é necessário um processo claro de aprendizado, no qual o paciente compreenda como reconstruir sua saúde, tratando as causas da doença”, disse. 

Ela também destacou um problema na cultura do ecossistema de saúde, afirmando que a sustentabilidade desse sistema só é possível se fizer sentido para o paciente. "Nenhuma faculdade hoje forma médicos generalistas, todos se especializam. No entanto, é preciso o olhar de um generalista para cuidar da saúde integral do paciente", avalia Silvia. Ela defendeu a capacitação dos profissionais e a importância da metrificação. “O mais importante na jornada de cuidado são as métricas claras. Todos devem ser agentes transformadores do ecossistema de saúde”, conclui.