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Comunidade de Supply Chain discute desafios para tornar o setor mais estratégico na Digital Journey by Hospitalar

Article-Comunidade de Supply Chain discute desafios para tornar o setor mais estratégico na Digital Journey by Hospitalar

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A Digital Journey by Hospitalar continua! No dia 25 de agosto, todo o conteúdo foi planejado para a comunidade de Supply Chain.

As cadeias de suprimento sofreram um grande impacto com a pandemia de covid-19. Além da digitalização ter se tornado evidente, tornar o setor mais estratégico é imprescindível para uma gestão eficiente de ativos. Por isso, no evento da comunidade de Supply Chain na Digital Journey by Hospitalar foram discutidos estes temas, além de benefícios e caminhos para um last mile tecnológico e a otimização do processo de compras de insumos para vacinas.

Veja, abaixo, um pouco do que foi debatido no dia 25 de agosto na Digital Journey by Hospitalar.

Entrevista: Como integrar gestão de estoque incluindo fabricante e hospital, tornando o processo mais eficiente?

No primeiro evento da noite, Carlos Oyama, Coordenador da Certificação Healthcare Supply Chain do Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CBEXs), entrevistou Fernando Diniz, Diretor de Supply Chain da Johnson & Johnson. Foram abordados tópicos gerais, além de questões sobre como estreitar o relacionamento entre fabricante e hospital e a necessidade (ou não) de um operador logístico para tornar o sistema mais eficiente.

Fernando começou falando da sua experiência com Supply Chain tanto na área da saúde, quanto fora dela. Contou de alguns desafios já existentes, como gestão de inventário e velocidade de resposta. “Em uma cadeia com muitos atores, a velocidade de resposta é proporcional ao número de pontos que temos no meio do processo”, explicou.

Para o executivo, o mercado de saúde ainda está alguns anos atrasado, do ponto de vista do desenvolvimento de ferramentas e colaboração, se comparado com outras indústrias. “A primeira coisa que precisa existir, genuinamente, é integração”, reforçou.

O diretor da Johnson & Johnson explicou que o varejo de consumo tem grandes empresas, um grande volume de venda de produtos e não necessita ser integrado e centralizado porque o produto sai da fábrica e vai direto para loja. No setor de saúde não funciona assim.

“Na saúde, apesar dos altos volumes, todos os produtos têm a sua complexidade de armazenamento, de logística, de demanda etc.”, pontuou. A logística, segundo o entrevistado, não é a mais adequada para atingir o próximo passo, o passo da sofisticação. “Temos um mercado onde o hospital não é feito para receber e a indústria não tem massa crítica suficiente para entregar insumos e medical devices”, concluiu.

Para Fernando, a grande questão é a busca pela simplificação da cadeia como um todo.

A entrevista completa pode ser acessada na Hospitalar Hub, onde todo o conteúdo fica disponível um dia após o evento.

Industry Talks: Covid-19 & Rapid test & Hangzhou Alltest (Covid-19 & Testagem Rápida & Hangzhou Alltest)

A covid-19 vem assolando o planeta por se espalhar rapidamente entre as pessoas, causando até danos físicos irreversíveis e morte. A fim de prevenir a propagação do vírus e bloquear a fonte em tempo, testes rápidos para o diagnóstico da doença surgiram um após o outro, permitindo a triagem inicial e, ao mesmo tempo, a prevenção e controle da epidemia. Portanto, a pesquisa sobre o tratamento de covid-19 pode ajudar a medicina. Há, também, uma enorme demanda global por teste rápido do coronavírus.

A Hangzhou AllTest Biotech Co. Ltd., ou simplesmente All Test, oferece uma solução para auxiliar o enfrentamento da pandemia do coronavírus. Olivia Zheng, Sales Supervisor da All Test, explicou que a empresa possui testes rápidos de antígenos e anticorpos com uma operação simples e resultado rápido.

Os principais produtos da All Test são: o teste de anticorpos (WB/S/P & fingerstick blood), em que é coletada uma amostra e, com apenas duas gotas no poço de amostra, o resultado sai em 10 minutos; o teste de antígeno, em que a amostra é coletada por meio de um enxerto nasofaríngeo (Nasopharyngeal Swab)  e colocada em uma solução, com o resultado saindo em 15 minutos; o teste de saliva, um teste mais rápido, mais simples, menos invasivo e que pode dobrar a capacidade de testagem dos laboratórios.

Olivia explicou que, como os sintomas da covid-19 são comuns a outras doenças como a gripe, por exemplo, a testagem rápida e extensiva é necessária para confirmar o diagnóstico. Por isso, a All Test também oferece testes combinados: 2 em 1, com testagem para covid-19 e gripe A&B; 3 em 1, com testagem para covid-19,  gripe A&B e vírus sincicial respiratório; 4 em 1, com o testagem para os três anteriores e pneumonia viral; e 5 em 1, com testagem para os quatro anteriores e pneumonia bacteriana.

Além disso, a All Test também fornece analisadores e leitores computadorizados para um diagnóstico mais rápido.

Para conhecer melhor todas as soluções da All Test, acesse a aba  “Empresas” no Hospitalar Hub.

Painel de debate: Qual o futuro das distribuidoras e como tornar a ameaça uma oportunidade?

No terceiro evento da noite, Rubens Covello, CEO do IQG Group - Health Services Accreditation, foi o mediador do debate entre grandes players do setor de Supply Chain, que compartilharam boas práticas, como minimizar riscos e impactos e ações que transformaram ameaças em oportunidades.

O primeiro a falar foi Ricardo Botelho, presidente da Jamef Encomendas Urgentes, uma empresa com grande crescimento durante a pandemia, que vem construindo sua história baseada em uma alta capilaridade. “Conseguimos atravessar essa crise transformando isso tudo em uma grande oportunidade”, afirmou Ricardo.

A Jamef analisou o setor de medical devices por um tempo para entender as dores dos hospitais e da indústria. “Entendemos que a combinação da capilaridade, da capacidade de atender os clientes do país, com a nossa capacidade de integração de sistemas e processos traria uma resposta eficiente aos desafios”, explicou Botelho.

Além disso, Ricardo comentou sobre os desafios que incluem: o gap na capacidade dos hospitais, nas estruturas ante a capacidade de fornecimento dos fornecedores, o grande desafio de remanejamento entre estoque e unidades, principalmente, para solucionar a perda de estoque e o desafio no last mile.

O segundo a falar foi  Victor Marques, Diretor de Supply Chain da Medtronic, que concordou com alguns pontos de Ricardo e ressaltou: “É preciso estar mais próximo do hospital”.

Como fazer isso? Para Victor, uma solução trivial seria a abertura de filiais e hubs mais próximos dos hospitais, mas isso é inviável para os fornecedores, pois uma filial é difícil de manter e impossível de fechar, até por causa do compromisso com os hospitais.

“Uma opção seria com regimes especiais, colocando material em um operador logístico para mover os produtos para o hospital e voltar”, afirmou. No entanto, isso pode resolver em alguns casos, já em outros pode ser que seja mais interessante a compra centralizada, em outros, ainda,  a distribuição seletiva.

“A grande questão é que o operador logístico tem que conhecer as minúcias do fornecedor e o fornecedor tem que entender as questões do operador logístico”, concluiu Victor antes de passar a palavra.

O terceiro a falar foi Lúcio Bueno, COO da Viveo, que afirmou ter uma solução híbrida para os clientes e fornecedores. “Temos como missão simplificar a jornada de medicamentos e materiais da forma mais íntegra e mais rápida possível porque a saúde não espera”, afirmou.

A Viveo é um ecossistema com um vasto portfólio. “A beleza da proposta está no momento que a gente consegue aliar todo o nosso portfólio com logísticas colaborativas para poder integrar esses clientes”, explicou. Ao conhecer a demanda e as dores dos hospitais e da indústria, a Viveo consegue entregar um serviço simplificando o processo de recebimento e promovendo maior velocidade e frequência.

"Trabalhamos com um papel híbrido, entre distribuidor e fornecedor, para que o hospital possa, cada vez mais, focar na assistência e no atendimento ao paciente”, concluiu Lúcio.

O painel completo já está disponível no Hospitalar Hub. Acesse e veja na íntegra o debate.

Industry Talks: Fornecimento de produtos e serviços genéticos da Diagreat IVD

No quarto evento da noite, a Beijing Diagreat Biotech apresentou suas soluções no Industry Talks. “Como fabricante profissional de IVD, estabelecemos uma linha completa de fabricação”, revelou Jianping Zhou, CEO da Beijing Diagreat Biotechnologies Co., Ltd.

Foram apresentados alguns kits de teste IVD populares, incluindo HbA1c e Vitamina D, kits relacionados à covid-19, como CRP e D-Dimer. A Diagreat desenvolve todos os kits de teste, usa matérias-primas próprias e conta com uma forte equipe de P&D, além de ser capaz de oferecer serviços de gene, como síntese de DNA e síntese de RNA.

A Diagreat trabalha com 4 plataformas líderes: o Point of Care Teste, com mais de 40 itens de teste, e de 3 a 5 novos itens promovidos a cada ano. Outra, é a plataforma Covid-19, em que a empresa desenvolve diferentes séries quantitativas e qualitativas de kits de teste de antígenos e anticorpos. Na plataforma TDM (Therapeutic Drug Monitoring), a empresa utiliza matérias-primas próprias para desenvolver os kits de teste TDM exclusivos, que oferecem não apenas uma operação mais fácil, mas também ajudam a economizar custos e reduzir o desperdício. A quarta é a plataforma de desenvolvimento de matérias-primas, na qual a Diagreat investe uma soma grande, todo o ano, para assegurar a qualidade dos produtos, fazendo questão de desenvolver as próprias matérias-primas.

Para conhecer melhor a Diagreat, acesse a aba  “Empresas” no Hospitalar Hub e assista  também ao Industry Talks completo.

Keynote: A consolidação das grandes redes afeta os hospitais independentes? GPO seria uma alternativa.

No quinto e último evento da noite, Rodrigo Aranda, Gerente de Operação e Planejamento da Bionexo, foi Keynote Speaker. Ele trouxe a sua visão sobre a consolidação do setor nos últimos anos e como o GPO (Group Purchasing Organizations) pode ser uma alternativa ao mercado.

Rodrigo apresentou dados de como a consolidação do setor ainda não é a mais evidente entre as outras indústrias. No gráfico do total acumulado de transações (fusões e aquisições) por setor de 2002 a 2021, a saúde ocupa apenas o 11º lugar. No entanto, nos últimos cinco anos, a quantidade de fusões e aquisições aumentou consideravelmente, principalmente pelo agigantamento de grupos como Notre Dame, Hapvida e Rede D’Or São Luiz. Rodrigo ainda pontuou: “Ao mesmo tempo que o mercado se consolida, ele pulveriza, o exemplo é a grande quantidade de novas empresas, healthtechs e startups na saúde”.

Com o cenário apresentado, Rodrigo ainda mostrou os riscos, que incluem o menor poder de negociação e o relacionamento mais distante do setor; os desafios, que abrangem a padronização de produtos, confiança entre empresas, nível de maturidade das empresas e a grande dimensão de demanda que é o Brasil. “Apesar disso, muitas oportunidades vêm aparecendo para o setor”, ressaltou.

Entre as oportunidades, incluem-se: visões mais estratégicas, economia com a consolidação de compras, a entrada do Analytics para processos, a grande troca de experiências, o início de uma padronização de produtos, o desenvolvimento de fornecedores, os novos modelos de aquisição, aplicação de boas práticas e o treinamento e capacitação.

Com isso, Rodrigo trouxe o conceito de GPO: “São empresas que realizam um tipo de grupo de compras alavancando o gasto para obter economia e melhor serviço”. Nesse modelo, que é predominante nos EUA com mais de 600 GPOs na saúde, incluem-se 96% dos hospitais americanos e significam 72% das compras desses hospitais, além de economizar U$ 34 bi em 2019 e ter seus top seis GPOs avaliados em U$150 bilhões.

“Um GPO consolida, intermedia e otimiza toda a operação de forma estratégica”, explica Rodrigo. “Além de realizar o trabalho pesado de maneira otimizada, gerando contrato ou acordo comercial. “

O GPO pode reduzir custos de 10% a 15%, atuando em consolidação de compra, e-procurement, analytics, benchmarking, desenvolvimento de fornecedores, consultoria, treinamento e capacitação, de acordo com o executivo. “Isso pode ajudar hospitais e clínicas independentes na economia, no aumento do nível de maturidade dos processos, com a cadeia de suprimentos responsiva, na implementação de melhores práticas e na economia de tempo”, finalizou Rodrigo.

A apresentação completa já está disponível no  Hospitalar Hub.

2ª edição da Digital Journey

A jornada de conteúdo ocorre de 16 a 30 de agosto na Hospitalar Hub, plataforma on-line que promove oportunidades de troca de conhecimento e de networking para futuros negócios. Serão duas semanas de palestras e debates, cada uma direcionada a uma comunidade do setor da saúde.

O público poderá entrar em contato com os principais players do mercado e participar de debates com especialistas de diferentes áreas: Tecnologia, Inovação, Atenção Domiciliar, Gestão e Engenharia Clínica, entre outras.

Garanta aqui a sua participação gratuita e saiba mais sobre a 2ª edição da Digital Journey by Hospitalar.

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