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Painel na 28ª Hospitalar discute os desafios na gestão de profissionais do atendimento domiciliar

Article-Painel na 28ª Hospitalar discute os desafios na gestão de profissionais do atendimento domiciliar

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Programas de capacitação, apoio técnico e profissional, promoções por meritocracia estão entre as estratégias das empresas para valorizar pessoas e reter talentos neste segmento

O envelhecimento acelerado da população e o aumento da expectativa de vida têm impulsionado o atendimento domiciliar. Em contrapartida, a oferta de mão de obra vem caindo tanto por conta dos problemas causados ao profissionais de saúde na pandemia como pela falta de interesse mais jovens  pelo trabalho assistencial. Neste contexto, estratégias de gestão de pessoal são essências para as empresas do setor conseguirem atrair profissionais e reter talentos. Nesta quinta-feira (25), o  tema foi debatido no Congresso de Atenção Domiciliar e Cuidados de Transição, promovido pela 28ª Hospitalar em parceria com o Enconsad (Encontro Nacional de Serviços de Atenção Domiciliar).

O painel “Desafios atuais para atrair e reter profissionais para o mercado de Transição de Cuidados”  reuniu representantes de um hospital terciário, um hospital de transição e uma empresa de atenção domiciliar, a saber Maria Lúcia Capelo Vides (superintendente do Hospital Edmundo Vasconcelos),  Patrícia Palomba (diretora de Operações da PPAR e da Rede Relief de Unidades de Cuidados Continuados) e Cátia Paiva (gerente regional do Home Doctor). A moderação foi Renata Filippi, sócia fundadora da  Soul HR Consulting.

Hospital terciário

O Hospital Edmundo Vasconcelos conta hoje com 2.455 profissionais, dos quais 1.213 são médico, 816 são funcionários e 457 são terceirizados. Maria Lúcia Capelo Vides acredita que para formular uma boa política de RH é preciso entender os valores de cada uma dessas categorias e como elas se conectam com os valores da instituição. Por isso, o Edmundo Vasconcelos tem lideranças presentes, que se preocupam em ouvir seus funcionários, conhecer suas necessidades e dar toda a infraestrutura necessária para o trabalho.

Para motivar seu pessoal, o hospital possui um plano de carreiras com regras claras. Desta forma incentiva a evolução de seus profissionais. Cerca de 85% das vagas que surgem são ocupadas por profissionais do próprio hospital. “Também damos feedback regulares para que as pessoas aprimorem seus talentos e suas habilidades”, declarou.

Hospital de Transição

Para a  diretora da Operações da PPAR, Patricia Palomba,  o profissional  que hoje é considerado “a bola da vez”, é aquele que consegue transitar entre o hospital de transição e o atendimento domiciliar.  Isto porque ele não conta com apoio técnico do hospital terciário e precisa ser auto suficiente para resolver eventuais problemas que surgem durante o atendimento.

Por isso, na primeira de semana na PPAR/Rede Relief, o profissional recebe um treinamento intensivo. Por meio de um aplicativo, assiste a  vídeo aulas curtas  e pode tirar suas   dúvidas. As empresas também realizam relatórios atualizados sobre o desempenho dos profissionais, pesquisas de satisfação com as famílias, aferem o tempo médio dedicado ao aprendizado online e a assiduidade no trabalho. “Desta forma, conseguimos fazer remunerações e promoções baseadas nos critérios de meritocracia”, afirma Patricia Palomba.

Atendimento domiciliar

A gerente regional da Home Doctor, Cátia Paiva,  acredita que entre os diferenciais dos profissionais de atendimento domiciliar está o fato de que atuam dentro da casa dos pacientes e não num ambiente hospitalar. Por isso, precisam desenvolver habilidades como empatia, a flexibilidade, a comunicação efetiva, o conhecimento técnico, além de seguir os protocolos institucionais.

Para motivar seus colaboradores, a Home Doctor procura desenvolver  valores como senso de pertencimento,  proximidade e reconhecimento. A empresa possui programas de capacitação para os fornecedores, em especial os coordenadores de empresas de fisioterapia e educadores de cooperativas de enfermagem. Também possui programas de suporte para os fornecedores. “Não adianta jogar a batata quente para o fornecedor. O paciente é meu eu preciso assumir todos os seus  cuidados ”, conclui Cátia Paiva.