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Ecossistemas de saúde são a nova tendência em construções na área médica

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Novo conceito de edificação em alta dos Estados Unidos, os ecossistemas de saúde, também estão sendo desenvolvidos no Brasil

As mudanças no setor de saúde têm se potencializado, principalmente no último ano. Uma delas é a desospitalização.  Os MOBs (Medical Office Building), tendência nos Estados Unidos, chegaram no Brasil e deverão transformar as construções da área de saúde e bem-estar nos próximos anos.  

Esses locais contribuem para a descentralização dos tratamentos em hospitais, trazendo a possibilidade de fazer diversos tratamentos médicos em um único lugar que reúne várias especialidades de saúde. O modelo representa a busca pela humanização dos ambientes para pacientes e colaboradores e pela racionalização de uso dos leitos e recursos hospitalares.  

No Brasil esses empreendimentos estão chegando e os projetos já estão presentes em grandes cidades do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e tomam força em outros estados. O primeiro projeto nesse formato do país e está sendo construído em Curitiba (PR) com investimento aproximado de R$ 120 milhões. O EcoMedical Center, desenvolvido pelo Engenheiro Civil e PhD em Healthcare Management e CEO da BIOENG Projetos, Norton Mello, ficará pronto em Novembro desse ano e é só um dos projetos da empresa a ser inaugurado. A empresa de Mello é responsável por outros 11 projetos arquitetônicos nesse novo modelo para diversas incorporadoras. 

Um ecossistema de saúde ambulatorial trabalha especialmente com baixa e média complexidade de atendimento, que possui menores riscos de contaminações e infecções, sem justificar o uso de uma estrutura hospitalar. É um ambiente que estimula a colaboração entre profissionais de diversas disciplinas relacionadas à saúde e bem-estar, reunindo profissionais da área médica, odontologia, fisioterapia, nutrição, psicologia, educação física, estética, entre outros, que têm a oportunidade de interação com profissionais que não são da área clínica, mas que atendem a essas atividades, como arquitetura, engenharia, contabilidade, tecnologia da informação, advocacia e uma infinidade de outras áreas interligadas, direta ou indiretamente. 

Outro Medical Center que está sendo desenvolvido no Mato Grosso pela BIOENG Projetos, em parceria com a Garden House, segue esse mesmo conceito. O projeto de 30.000 m² foi criado usando o conceito de paisagismo denominado Healing Garden (jardim terapêutico). Mello explica que mais que a contemplação dos espaços verdes, há a preocupação de trazer elementos naturais que possam beneficiar a recuperação da saúde e bem-estar dos pacientes atendidos no empreendimento. 

“O resultado disso se traduz na construção de relações complementares e positivamente impactantes com os clientes, trazendo alto grau de resolutividade em um único local. Dessa forma, a experiência do usuário se torna engrandecedora, fidelizando e superando suas expectativas através de uma série de conveniências provocadas pelas inúmeras interações”, destaca o engenheiro civil e biomédico. 

Mello revela que a intenção é lançar no mercado edificações flexíveis, que possam abrigar qualquer atividade de saúde e bem-estar. Os Medical Centers devem oferecer a possibilidade de aumento da produtividade para os profissionais e clínicas que serão instaladas. Isso deve permitir a prática de especialidades em alta performance, dentro das diversas legislações e normas. “Esse tipo de construção também segue uma tendência dos shopping centers, de reunir uma série de conveniências em uma só edificação, com ambientes mais seguros e com alto grau de resolutividade”, relata.   

Segundo o CEO da BIOENG, quando um projeto nasce com o propósito de ser um ecossistema de saúde, ali são incorporados elementos e ambientes que facilitam e estimulam o acolhimento de todas as atividades, sem impedimentos de natureza arquitetônica ou de engenharia.   

Mello explica que em edifícios comerciais tradicionais, é muito difícil a instalação de um centro cirúrgico ambulatorial ou um de centro de diagnóstico por imagens, em função das cargas nas lajes, capacidade elétrica e hidráulica, interferências eletromagnéticas ou de radiações ionizantes, altura dos ambientes (pé direito), possibilidade de climatização diferenciada, elevadores com capacidade para macas e largura de circulações.  

“Nossos projetos de Medical Centers, além da previsão desses fatores, ainda têm uma série de facilities e conveniências que farão com que as atividades sejam mais facilmente aprovadas nos órgãos de vigilância sanitária. É um conjunto de habilidades necessárias para promover ambientes integrativos de acordo com as normas técnicas, códigos de posturas e legislação federal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, destaca.