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Pesquisa aponta crescimento de 14% na utilização de soluções clínicas em 2024

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Estudo da ANAHP e Wolters Kluwer revela avanço no uso de ferramentas de suporte à decisão clínica e destaca os desafios na busca por qualidade e eficiência no setor hospitalar.

Uma nova pesquisa divulgada pela Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) em parceria com a Wolters Kluwer Health apontou um crescimento de 14% na adoção de soluções de suporte à decisão clínica entre hospitais privados do Brasil. Segundo o estudo, 92% das instituições já utilizam esse tipo de ferramenta, o que reflete a crescente necessidade de integrar a prática médica a dados baseados em evidências.

O estudo, que contou com a participação de 90 hospitais associados à ANAHP, examina como a adoção de soluções de suporte à decisão clínica e a implementação de bases de conhecimento baseadas em evidências estão impactando o setor.

De acordo com a Diretora de Estratégia de Mercado e Comercial de Global Growth Markets da Wolters Kluwer, Natália Cabrini, a pesquisa oferece uma visão detalhada das necessidades e desafios do setor, permitindo ao mercado a possibilidade de orientar melhor as ações futuras. “Compreender o nível de maturidade dos hospitais em relação à qualidade do cuidado e à segurança do paciente é fundamental para identificar áreas que necessitam de desenvolvimento e promover a adoção de práticas ainda mais efetivas”, explica.

Os resultados indicam uma tendência sólida da adoção de soluções avançadas nos hospitais privados do Brasil. Atualmente, 92% das instituições utilizam algum tipo de recurso de suporte à decisão clínica, um aumento de 14% em comparação a 2023, refletindo a importância dessas ferramentas na prática clínica.

Além disso, a integração dessas soluções ao fluxo de trabalho, presente em 85% dos hospitais, sugere um avanço em direção a uma medicina mais orientada por dados, com decisões apoiadas em evidências científicas.

Para as instituições participantes, as principais utilidades das ferramentas de suporte à decisão clínica, segundo ordem de importância, são aumentar a segurança do paciente, prevenir eventos adversos e reduzir a variabilidade clínica indesejada.

Outro destaque do estudo é a percepção dos participantes sobre a importância das informações baseadas em evidências. Para quase 50% deles, o acesso a bases de conhecimento clínico fundamentadas em evidências é considerado muito relevante para garantir a segurança do paciente, enquanto 47% avaliam essa questão como extremamente relevante

No que diz respeito ao uso de soluções de suporte à decisão clínica para elevar a qualidade do cuidado, 53% dos participantes as consideram muito relevantes, enquanto 43% as classificam como extremamente relevantes. “Para todos os respondentes, essas ferramentas são vistas como fundamentais para ajudar as instituições a alcançarem melhorias operacionais e reduzir os custos relacionados à assistência médica”, afirma Natália.

O estudo aborda ainda os principais desafios que os hospitais enfrentam na busca por equilibrar custos e manter elevados padrões de qualidade. Nesse sentido, a necessidade de contratar e reter profissionais qualificados é uma das principais preocupações apontadas, em um contexto onde a excelência clínica é cada vez mais exigida.

O levantamento também destaca que, embora 85% das instituições relatem uma receptividade alta ou moderada por parte das equipes clínicas em relação à adoção de novas tecnologias, 90% indicam que o maior desafio está no engajamento das equipes para implementar efetivamente essas inovações.

Outro aspecto relevante é a necessidade de otimizar os recursos disponíveis, visto que o desperdício continua sendo uma preocupação para os gestores hospitalares. “Nota-se que a busca por eficiência operacional é identificada como um fator chave para garantir a sustentabilidade financeira das instituições sem comprometer a qualidade do atendimento”, ressalta Natália.

A segurança do paciente permanece como uma prioridade central para os hospitais privados. No entanto, o estudo revela que ainda há um caminho a ser percorrido para garantir que as práticas mais avançadas sejam efetivamente incorporadas às rotinas clínicas. Os desafios mais mencionados incluem a promoção de uma comunicação clara e consistente entre as equipes, a adesão a protocolos clínicos e a prevenção de eventos adversos.