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Acesso a serviços de saúde de qualidade é essencial para redução da mortalidade materna

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Maternidade Hilda Brandão da Santa Casa BH é exemplo de boas práticas para conter a mortalidade materna. Veja!

Segundo o Ministério da Saúde, em 2021, a Razão de Mortalidade Materna (RMM) - um dos principais indicadores globais nesse contexto - voltou aos índices dos anos 1990, com 113 mortes de mulheres para cada 100 mil nascidos vivos no país. Em 2019, a RMM foi de 55,2 óbitos e, em 2020, de 71,9. Os dados de 2022 ainda são parciais, mas as informações mais atualizadas apontam uma RMM de 50,6 mortes. 

Mesmo diante dos índices alarmantes e do quadro pouco otimista, o Brasil se comprometeu junto à Organização das Nações Unidas (ONU) a reduzir a RMM a 30 mortes por 100 mil nascidos vivos até 2030. A razão nos países desenvolvidos oscila em torno de 10. Nesse cenário, após análises dos comitês de prevenção de óbitos maternos de hospitais brasileiros, constatou-se que cerca de 90% a 95% das causas da mortalidade materna são evitáveis.  

A Maternidade Hilda Brandão, da Santa Casa BH, referência em partos de alta complexidade em Minas Gerais, atua fortemente com foco em garantir a segurança e o bem-estar das gestantes, dos fetos e dos bebês, como explica o coordenador médico da unidade, o obstetra Francisco Ramos. “Desde 2004, a Maternidade possui o selo de ‘Hospital Amigo da Criança e da Mulher’, que incentiva a implementação de boas práticas em várias áreas-chave, como o incentivo ao aleitamento materno exclusivo, o atendimento humanizado ao parto e ao nascimento, a prevenção da transmissão vertical do HIV, os cuidados adequados ao recém-nascido, entre outras”, pontua.

De acordo com Ramos, “essas práticas contribuem significativamente para a redução da mortalidade materna, estando, também, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio [ODMs], estabelecidos pela Organização das Nações Unidas [ONU], em 2000”, diz.

O ODM 5 foi especificamente formulado para melhorar a saúde materna, com a meta de reduzir a mortalidade em 75%, entre 1990 e 2015. No início desse período, 1.500 mulheres morriam todos os dias no mundo, número que caiu para 830, ou seja, a diminuição foi de 44%, ficando abaixo da meta estabelecida. Por esse motivo, essa pauta permanece como uma prioridade global e a ONU reconhece que a promoção da saúde materna é essencial para o desenvolvimento sustentável, a igualdade de gênero e o progresso social e econômico das nações.

“Para alcançar a redução da mortalidade materna, é necessário abordar várias questões fundamentais. Em primeiro lugar, é crucial garantir o acesso universal a serviços de saúde de qualidade, incluindo cuidados pré-natais, assistência ao parto e às mulheres vítimas de abortamento, além de cuidados pós-parto. Isso envolve o fortalecimento dos sistemas de saúde, a formação de profissionais qualificados e o fornecimento de instalações adequadas”, ressalta o coordenador médico da Maternidade Hilda Brandão. 

Conscientização e prevenção 

A mortalidade materna ocorre quando uma mulher morre durante a gestação ou até 42 dias após o término da gravidez, independentemente do tempo ou da localização da gestação. Isso ocorre devido a fatores relacionados ou agravados pela gravidez ou por medidas tomadas relacionadas a ela, não entrando nessa categorização os óbitos provocados por acidentes ou incidentes. A mortalidade materna é uma tragédia evitável, pois a maioria dos casos podem ser prevenidos com o acesso adequado a cuidados de saúde.

Nesse sentido, conscientizar a população sobre os cuidados necessários durante a gestação e o parto, bem como garantir o acesso equitativo a serviços de saúde de qualidade são fatores primordiais para a redução da mortalidade. Maternidades e serviços de saúde desempenham um importante papel nesse processo, pois são responsáveis por fornecer assistência adequada e segura às mulheres grávidas.

As maternidades que contam com a certificação "Hospital Amigo da Criança e da Mulher" representam uma referência no combate à redução da mortalidade. O selo é concedido às instituições que adotam práticas baseadas em evidências científicas e diretrizes internacionais para o cuidado de mães e bebês, demonstrando o compromisso em fornecer uma assistência de alta qualidade, segura e centrada nas necessidades dos pacientes.

Francisco Ramos reforça que oferecer uma linha de cuidado completa é o melhor caminho para promover uma saúde de ponta para gestantes, parturientes, puérperas e bebês. “Chancelados pela certificação ‘Hospital Amigo da Criança e da Mulher’, na Maternidade Hilda Brandão, temos o compromisso de proporcionar uma maternidade acolhedora, segura e de alta qualidade. Isso traz confiança às mães e às famílias, garantindo que elas recebam o melhor atendimento possível e que seus bebês tenham um início saudável e promissor na vida”, conclui o obstetra e coordenador médico da unidade.