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Saúde Digital: os 6 erros mais comuns

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A tecnologia tem ajudado as instituições de Saúde brasileiras a enfrentar a pandemia e voltar às suas operações de origem. Mas existem riscos nesse caminho

Setenta e cinco mil vidas foram salvas no Brasil graças à telemedicina no pior momento da pandemia, entre 2020 e 2021. Nesse mesmo período, evitaram-se 6,5 milhões de visitas desnecessárias ao pronto-atendimento, já que os pacientes encontraram toda a orientação que precisavam por meioravés da tecnologia. Os dados são da Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital e reforçam o avanço na tão aclamada maturidade digital que chegou ao setor de Saúde.

Se hoje termos como telemedicina, telessaúde e Saúde Digital estão em ênfase é porque profissionais da área, organizações e pacientes enxergam o valor da tecnologia  como apoio à gestão eficiente na Saúde.  “O ponto na Saúde Digital é integrar TI e demais colaboradores em um modelo de troca, na busca por um novo jeito de fazer um diagnóstico, de prestar assistência a uma determinada doença ou, ainda, de construir um setor inteiro que tenha o indivíduo como centro da sua estratégia”, acredita Rodrigo Leite, médico especialista em gestão e CEO da FSL Governance.

Mesmo com aceitação pelos atores do setor, a inovação em Saúde não passa livre de potenciais erros que podem comprometer a construção desse novo sistema, mais digital e focado no cuidado ao paciente.

Com a ajuda de Rodrigo Leite e Mônica Bezerra, diretora corporativa de tecnologia e operações da Santa Casa da Bahia, listamos agora os seis riscos mais comuns. Acompanhe:

1. Falta de padronização de processos

Aqui a dica serve tanto para o offline, quanto para a Saúde Digital: não mapear, estruturar e gerenciar processos pode trazer um alto custo quando o assunto é cuidar de vidas. Ao deixar de lado o gerenciamento de processos, a instituição também está abandonando uma política de custos transparente e, consequentemente, comprometendo o seu resultado.  

2. Uso de sistemas sem integração

Os dados são claros: 95% dos hospitais afirmam utilizar computadores, apenas 15% deles possuem um sistema eletrônico com interoperabilidade, segundo a pesquisa TIC Saúde 2018. A informação não circula nem chega onde deveria, ficando sempre restrita a departamentos. Essa falta de informação impacta diretamente nas tomadas de decisões.

3. Gestão de estoque inadequada

O desperdício de medicamentos, materiais e insumos já alcança 40% dos gastos do setor, segundo a OMS. E, além do custo elevado, uma gestão de estoque inadequada aumenta o risco de faltar itens em momentos primordiais e, como consequência, prejudicar a segurança do paciente.

4. Falta de engajamento e treinamento

Nem só de processos e tecnologia se faz a Saúde Digital. A capacitação dos recursos humanos é fundamental para o sucesso de sua implantação. Sem isso, erros médicos e administrativos podem se tornar comuns na prestação de assistência, comprometendo a eficiência, a confiança e a reputação da instituição.

Falhas na comunicação

O número preocupa: erros médicos causaram 2,6 milhões de mortes no mundo todo, segundo relatório da OMS de 2019, o que significa uma morte a cada cinco minutos. O principal motivador é a falha na comunicação entre as equipes multidisciplinares, como conduta adotada e histórico do paciente.

Falta de análise das glosas

O índice de glosas tem crescido nos últimos anos: era 3,18% em 2015 e subiu para 4,1% em 2020, segundo Observatório da Anahp 2021. Portanto, a falta de uma rápida gestão das glosas pode impactar diretamente no ciclo de faturamento da instituição, que demora mais para receber pelos serviços já executados.

Tem solução

Todos esses erros da Saúde Digital ainda ocorrem cotidianamente em muitas instituições de Saúde brasileiras e resolvê-los é imperativo diante da pressão por mais maturidade digital. A boa notícia é que dá para fazer isso com medidas como o uso da própria tecnologia. Para saber como fazer isso, basta clicar aqui.

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