A BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), assinaram na última terça, dia 27 de fevereiro, termo de cooperação para ampliar o acesso à saúde no Brasil. O acordo foi firmado com o InovaHC, núcleo de inovação da FMUSP, e busca impulsionar o desenvolvimento da inteligência de dados na área da saúde.
Além disso, está prevista a aplicação de tecnologias de realidade virtual e aumentada em serviços médicos, telemedicina, computação em nuvem, Internet das Coisas (IoT), blockchain, diagnóstico por voz, e a introdução de novos dispositivos e análise de dados em larga escala. O aprimoramento contínuo permitirá a integração e transferência de soluções inovadoras ao Sistema Único de Saúde (SUS) e seu uso na saúde privada.
Tecnologia como ferramenta para acesso à saúde
Durante a cerimônia de formalização da parceria, no próprio InovaHC, Giovanni Cerri, presidente do InovaHC e do InRad HCFMUSP, exaltou que a tecnologia vai ajudar a resolver problemas já bastante conhecidos no país. “A tecnologia pode reduzir a distância e a desigualdade, além de contribuir com sustentabilidade do setor, diminuindo custos e promovendo acesso”, explicou.
Denise Santos, CEO da BP, destacou o propósito da união em oferecer tratamento de ponta universalmente, beneficiando amplamente a sociedade. “A iniciativa não só abordará desafios de acesso, conhecimento científico e tecnológico, mas também promoverá o ensino e a pesquisa, enriquecendo o ecossistema InovaHC, que conta com nove institutos e mais de 66 laboratórios de inovação médica”, pontuou.
Também estavam presentes Antonio José Pereira, superintendente do HC FMUSP; Paulo Pêgo, vice-reitor do HCFMUSP; Josué Dimas Pimenta, presidente do Conselho de Administração da BP.
Compromisso com a comunidade
A preocupação das instituições de direcionarem suas atuações à serviço da comunidade ficou evidente. “O que nos une é o compromisso social”, afirmou Giovanni sobre o principal ponto em comum entre as duas instituições. O HCFMUSP é o maior hospital público da América Latina, enquanto a BP é uma referência na saúde privada, com raízes filantrópicas desde o século XIX.
Juntos, esses dois gigantes, responsáveis por quase 3.400 leitos e cerca de 30 mil funcionários, uniram forças para o desenvolvimento de projetos estratégicos e inovadores em saúde, pesquisa e educação.
Josué Dimas Pimenta, presidente do Conselho de Administração da BP, explicou que, assim como a saúde brasileira, a instituição vive o desafio de prover desenvolvimento tecnológico, manter a receita e o atendimento filantrópico. “A nossa visão é continuar expandindo na filantropia. Hoje estamos botando um embrião da inovação, mas que vai ser usual daqui a 20 anos”.
Como vai funcionar?
O projeto inaugural prevê a utilização da tecnologia 5G para acessar locais onde o acesso à saúde é reduzido nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Com foco inicial na saúde da mulher, especialmente no câncer de colo de útero e na saúde materno-infantil, a parceria vai oferecer promoção, prevenção e assistência – com teleinterconsultas, diagnósticos à distância e encaminhamento posterior na rede de atendimento.
Este esforço conjunto enfatiza a saúde da mulher e busca avanços significativos no diagnóstico e tratamento precoce de condições como o câncer, prevendo a redução no tempo de espera de laudos de quase 90 dias para apenas um dia.
Com um modelo estruturado para investimento privado e a integração de tecnologia de ponta, o Hospital das Clínicas e a BP estabelecem um novo paradigma para o cuidado da saúde no Brasil, visando um impacto positivo extenso na vida de milhares de mulheres pelo país.
