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Hospital Santa Joana desenvolve ferramenta de Big Data e IA para manejo de pré-eclâmpsia

Article-Hospital Santa Joana desenvolve ferramenta de Big Data e IA para manejo de pré-eclâmpsia

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A tecnologia ajudou a diminuir as taxas de reinternação, complementando os cuidados pré-natais, para minimizar os riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.

Hoje, 26 de abril, é Dia Nacional da Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, data que traz luz para principal causa de morte materna no Brasil - hipertensão na gravidez. Condição é a responsável por cerca de 35% dos óbitos a cada 100 mil nascimentos, segundo dados do Ministério da Saúde. 

Reconhecido pela excelência em gestações de risco, o Hospital e Maternidade Santa Joana desenvolveu uma ferramenta de big data e inteligência artificial para auxiliar no manejo de casos graves de pré-eclâmpsia. Com esta plataforma, já foi possível reduzir reinternações e o uso excessivo de tratamentos e hemoderivados. 

Mulheres com hipertensão têm maior propensão à pré-eclâmpsia. Por isso, o monitoramento da pressão arterial durante a gestação é fundamental. A pré-eclâmpsia, caracterizada pelo aumento da pressão arterial após a 20ª semana de gestação, pode ocorrer em mulheres com ou sem histórico de hipertensão.  

Se não tratada, pode evoluir para quadros graves, com sintomas como dor de cabeça, inchaço, pressão alta e presença de proteína na urina, podendo levar à eclâmpsia e à síndrome HELLP, colocando em risco a vida da mãe e do bebê. 

Dr. Eduardo Cordioli, diretor médico de Obstetrícia do Grupo Santa Joana, destaca a gravidade desse cenário, observando que 40% das internações na UTI Semi-Intensiva da instituição são de mulheres com crises hipertensivas, incluindo casos de pré-eclâmpsia. Ele enfatiza a importância da prevenção desde o pré-natal. 

“Desde 2022 nossa taxa de morte materna, que já era uma das menores do mundo, é zero. Isso reforça que o cuidado, treinamento médico, protocolos, bem como ferramentas de apoio à decisão podem de fato impactar diretamente na saúde do paciente”, complementa Cordioli.

Apesar da redução na taxa de mortalidade materna no Brasil, que retornou aos níveis pré-pandêmicos segundo o IBGE, o Brasil ainda está longe da meta da OMS. Enquanto a média global é de 223 mortes para cada 100 mil partos, na Europa Ocidental é de apenas 8 para o mesmo número de partos.